terça-feira, 19 de maio de 2009

Daqueles belos dias. Completos. Ou quase.


Há os textos que nos remetem à praia.
Aliás, à sua contemplação, ó mar.
Mas aqui temos cafés e com quem possamos conversar.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Eu sei

À Lux da sabedoria:

"
olho muito tempo o corpo de um poema
até perder de vista o que não seja corpo
e sentir separado dentre os dentes
um filete de sangue
nas gengivas"

[Ana Cristina César]

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O Sol é estorvo e culpa a Lua.
Mas ambas as coisas não passam de fantasmas, expectros que consomem
e despertam aquele tipo vil de paixão.

Conhecer:
-aprenda a lidar com isso.
-aprenda a não TORNAR-SE isso.

Liberdade advém disso:
Não que seja fácil ou justo
A questão é: caia!solte os agudos!

A dor faz parte, que madeira não sofre pra ser lapidada?
O silêncio tão belo se faz ouvir:
límpido e sereno até brotar como secreção arrancada

incolor, áspera e amarga como fel;
multicor: rente e deslisante como mel;
Punhal que fere a si mesmo, cobrança terrível:

o horror que despe e esfola os pés descalços
amor é flor que cura.
Será que ignorar adianta?

Eu sei, sei que não
que a resposta é sempre não
pra isso, para o que reje todo o "isso".

Pouco a pouco descubro
que viver é incômodo, árduo e injusto
Mas pior é o forte - tolo - que se deixa afetar por isso.

Porque é fraco o que se diz forte
e forte o que se sente fraco.
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E no fim, a descoberta:

"Je suis la fille du vent

Qui traverse les montagnes
Je tourmente les passants
En faisant voler les pagnes
Je défie tous les courants
Toutes les stars de cocagne
Qui passent en rêvant
De platine et de champagne"

[Olivia Ruiz]

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Simplório

"Sejamos sempre simples e nunca simplórios"
(Angel)

É um horizonte, tão proscrito quanto realizado.
É um odor lascerantemente doce:
E, com o mesmo esplendor, pode ser tanto quanto tão pouco.
Uma noite vã, sem café e nada mais que a mente, a translúcida mente. A criatividade faz crer que tudo dá certo. E dá. Ou não. Ou não?
Então a mochila está pesada, e as narinas tragam um odor amargo demais, inconcebível. Mas não há nada - nunca há nada.

Que curioso.
(e estranho!)